Os produtos mais buscados pela pandemia são, ao lado dos medicamentos receitados por médicos especialistas e álcool em gel, outros produtos de limpeza doméstica e de uso pessoal! As recomendações de constante higienização fizeram do sabão um dos campeões de consumo. No entanto, muita gente acaba adquirindo o chamado “sabãozinho” pensando que está comprando um produto de qualidade, mas, na verdade, é uma verdadeira bomba:
“Quem faz esse sabão fake está correndo perigos físicos, quem o faz para vendas comete ainda um crime. São empresas piratas de reciclagem de óleo, sem licença, e que aproveitam este óleo para fabricar sabão para revender aos seus clientes. É algo perigoso que deve ser evitado” Vitor Dalcin, Diretor Executivo da Ambiental Santos.
Empresas fora da lei desde o começo
Vitor lembra que muitas empresas que deveriam fazer reciclagem estão erradas desde o começo. Para atuar como reciclador de óleo de fritura (óleos e gorduras vegetais e animais) as licenças básicas incluem alvará de funcionamento municipal, alvará sanitário municipal e licenças do Ibama constando todas as atividades desenvolvidas, como transporte, reciclagem e destinação. E tem as licenças de cada estado, mas as empresas piratas burlam todas essas regras.
Qual o problema do “sabãozinho”?
Com esse óleo chegando sem nenhuma fiscalização, fica fácil as empresas piratas começarem a produzir seu próprio sabão sem a presença de um químico responsável:
“O resultado é um sabão falso. Um produto que não recolhe impostos, fora da lei, e confeccionado sem cuidado algum com a matéria-prima. Se o seu objetivo é matar germes, bactérias e se proteger do coronavírus, o chamado “sabãozinho” terá zero eficiência” alerta Vitor.
Lembrando que para fabricar sabão é preciso ter uma indústria química registrada, com todas as licenças relativas, com um químico responsável, estar filiada ao sindicato dos químicos e, o mais importante, ter o registro da ANVISA: “Se faltar qualquer detalhe, o sabão passa a ser ilegal além de inútil”completa Vitor.