Londres, ano de 2015. Algo não cheirava muito bem na capital britânica. Uma bola de gordura formada como resultado do acúmulo silencioso de resíduos de óleo de fritura que entupiu e rompeu os canos da cidade do famoso Big Ben. Esta anomalia ganhou até um nome bem apropriado: Fatberg, da fusão das palavras Fat (gordura) e Iceberg (bloco de gelo). O tratamento e a remoção de Fatberg (problema que permanece todos os anos) custam cerca de US$ 85.000 por ano, ou cerca de US$ 13,08 por pessoa por mês. Nacionalmente, na Inglaterra, o problema é estimado em cerca de US $ 1 bilhão por ano.
Esse coágulo sólido com inacreditáveis 10 toneladas foi formado a partir de resíduos de óleo que foram descartados de residências e restaurantes. Cada vez que o óleo usado para fritar é despejado na tubulação, ele tem como destino – dependendo do sistema de gestão de cada cidade – uma estação de tratamento de água onde parte do óleo é retirado do sistema. Mesmo assim, gorduras do óleo vegetal são um problema urbano, pois inevitavelmente tornam os custos de tratamento de água mais complexos e caros.
Os óleos oxidam, o que torna sua remoção ainda mais difícil e, em alguns casos, continuam como resíduos além da estação de tratamento e acabam nos cursos d’água, causando danos ao ecossistema.
Poluição silenciosa
O problema londrino pode facilmente se tornar algo tupiniquim, quando um aliado na cozinha pode se tornar um vilão para o meio ambiente. Embora o óleo seja um produto de origem natural, também é um produto prejudicial ao meio ambiente. Isso ocorre principalmente porque água e óleo não se misturam e, quando o óleo chega aos rios ou mares, permanece flutuando na superfície, o que significa que a água não pode ser oxigenada adequadamente.
Contaminação contínua
Estima-se que apenas 1 litro de óleo é capaz de contaminar 1.000 litros de água. Além de “roubar” o oxigênio que entraria na água, o óleo vegetal absorve a radiação solar necessária para realizar a fotossíntese, afetando tanto a flora, quanto a fauna, dos ecossistemas aquáticos. Para completar o trágico pacote maléfico, os óleos vegetais, assim como as demais gorduras animais, também podem revestir a pele e as guelras dos peixes, levando-os à asfixia.
Óleo na terra também é problema
Não é apenas na água que o óleo vegetal causa estragos, ao entrar em contato com o solo, os efeitos são semelhantes, pois impede a oxigenação e a livre circulação da água. Em pouco tempo, essa terra ficará completamente estéril para o crescimento de qualquer tipo de vegetação.
O que fazer?
A solução é destinar este óleo de maneira correta, para empresas sérias que tenham responsabilidade. A Ambiental Santos faz a sua parte – mas depende da iniciativa de todos na separação e destinação deste óleo! Para que a sua cidade não sofra com uma nova versão de Fatberg, separe em garrafas pets o óleo usado e faça a coisa certa!