Como o setor industrial pode reduzir o impacto ambiental no planeta? Vamos pensar no tamanho do problema:
– Quanto mais cresce a população e mais condições financeiras as pessoas tem, mais cresce o consumo.
– Com mais gente comprando, aumenta a produção em todos os setores.
– Com mais produtos, aumentam os resíduos gerados pelos hábitos de consumo das pessoas e até mesmo nas linhas de produção.
O drama está na urgência pela busca por soluções que minimizem os impactos negativos ao planeta causados pelo consumo – e o plástico é um dos pilares desta equação.
E o óleo vegetal usado, foco da Ambiental Santos, como entra nesta história toda?
Na Europa, observando uma parceria entre a Universidade Eslovaca de Tecnologia e o estúdio Crafting Plastics, encontramos a criação de um material completamente novo, resistente como o plástico, mas feito usando apenas óleo vegetal de cozinha usado, amido de milho e açúcar.
A receita (que não é para comer) resultou em um bioplástico chamado Nuatan! Diferente do plástico comum, este é completamente biodegradável ao entrar em contato com o meio ambiente, reduzindo o problema dos resíduos sem risco de contaminação – inclusive, pela origem dos materiais utilizados, o novo plástico é comestível para peixes.
O que temos então?
O Nuatan é fácil de ser transformado em diversos tipos de embalagens e consegue suportar temperaturas acima de 100 graus Celsius. A vida útil gira em torno de 50 anos, dependendo do volume de cada material usado na composição da mistura. Quando uma composteira industrial degradará em água, CO₂ e biomassa – e em breve, os criadores afirmam que o material da nova geração poderá se decompor em composteiras domésticas que tenham contato com terra ou água do mar.
Por ser uma novidade, o Nuatan é caro ainda para produção industrial, mas diversos designers do Crafting Plastics já criaram óculos usando o material, usando pigmentos naturais de açafrão e café – com dobradiças sem metal especialmente criadas para estes óculos. O preço é das armações meio salgado ainda – entre 250 e 400 euros – mas já é um avanço para a indústria.
Mais um ponto positivo para o uso do óleo vegetal usado!
Vamos aguardar a novidade se popularizar!