A conscientização pela coleta do óleo vegetal vem ganhando mais adeptos em várias cidades do Brasil, principalmente aquelas que entendem o meio ambiente como essencial para o futuro. A Ambiental Santos, empresa especializada em reciclagem de óleo vegetal no Paraná e Santa Catarina, conta com o projeto Óleos do Bem na capital paranaense desde 2007 e o trabalho social é o diferencial desta iniciativa. Empresas e condomínios que fazem a coleta de óleo de cozinha através da Ambiental Santos podem pedir que parte de cada litro de óleo coletado seja convertido em dinheiro que será destinado ao Hospital Erasto Gaertner e ACRIDAS – Associação Cristã de Assistência Social, além de outras entidades cadastradas:
“É um trabalho que está dando certo. O óleo coletado no Instituo Água e Terra, do Paraná, por exemplo, é revertido em doações para o Hospital Erasto Gaertner, por exemplo, além da possibilidade da coleta poder ser revertida em doação, sem fins lucrativos” explicou Vitor Dalcin, diretor da Ambiental Santos.
Outras cidades começaram a fazer o mesmo trabalho
No interior de São Paulo, muitas iniciativas visam promover a troca de óleo de cozinha usado por barras de sabão, como nas cidades de Araçoiaba da Serra e Votorantim. A ação é resultado da parceria com diversas instituições e conseguiu a adesão de muitos moradores que tiveram o cuidado de separar óleo usado para destinação correta.
Para Vitor Dalcin, a criação de pontos de troca de óleo vegetal nessas localidades mostra como aumentou a preocupação com o meio ambiente, que vem crescendo nos últimos anos;
“Essa missão de evitar que o óleo vegetal contamine o meio ambiente fazemos há anos e é interessante notar o quanto nosso país evoluiu nesta questão e em cidades de todos os portes. Curitiba já tem tradição neste serviço, mas o óleo vegetal de cidades do interior também merecem atenção” explica Vitor.
Recolher óleo é uma iniciativa também do poder público
Além da iniciativa privada, que recicla o óleo usado para criar produtos para a indústria, diversas prefeituras e secretarias estaduais conectadas ao meio ambiente realizam ações para evitar que este material contamine rios e terrenos em todo o Brasil.
“Os municípios entenderam que a reciclagem também evitaria aumento nos gastos públicos com manutenção de tubulações e trabalhos de limpeza em áreas de preservação ecológica. o valor para limpar água contaminada com óleo em água própria para o consumo é muito alta, impactando os gastos tanto dos órgãos responsáveis quanto na própria conta da água dos moradores.”
Vitor lembra que é parte deste trabalho fazer que os moradores entendam que o óleo não deve ser jogado no ralo da pia e bueiros na rua, juntamente pela contaminação dos rios e pelos transtornos urbanos causados pelo entupimento de galerias fluviais:
“A coleta de óleo vegetal deve ser realizada de maneira segura para que o óleo seja devidamente tratado e encaminhado para usinas e fábricas. Conforme outras iniciativas comecem a surgir, todos terão benefícios com produtos novos de origem vegetal e, em pouco tempo, não vão mais precisar se preocupar com água contaminada ou alagamentos causados por tubulações estragadas pelo óleo irregular” finaliza Dalcin.