A Refinaria de Petróleo Riograndense, da Petrobrás, conseguiu processar 100% de óleo de soja em uma unidade de refino industrial para produtos petroquímicos integralmente renováveis, um feito tanto para o mercado de combustíveis quanto para o meio ambiente. O que essa ação traz de novidade para a matriz energética de combustíveis? Para Vitor Dalcin, diretor da Ambiental Santos, é um avanço considerável sob qualquer ponto de vista:
“A diferença é que temos grandes empresas do setor investindo neste tipo de produção. Em um futuro bem próximo, essa mudança vai reduzir muito impactos ambientais negativos que sempre estiveram associados tanto com a extração quanto com a produção de combustíveis fósseis.”
A empreitada da Petrobrás, na análise de Vitor, serviu para mostrar o quanto as empresas dominantes deste mercado já perceberam a necessidade de alinhar produção com prioridades mais sustentáveis.
Dente as vantagens desta mudança de percepção é possível destacar:
– Reaproveitamento de óleo usado que acaba descartado pelos geradores destes resíduos, como restaurantes e indústria de alimentos;
– Redução das emissões de carbono;
– Possível geração de empregos em regiões agrícolas pela alta demanda de matéria-prima, melhorando o desenvolvimento econômico de várias regiões e de maneira mais sustentável.
Políticas de incentivo
Vitor lembra que as entidades públicas podem e devem criar políticas públicas capazes de incentivar práticas sustentáveis no setor energético. Como há esta mudança em curso para soluções menos poluentes, Dalcin entende ser urgente a criação de ambientes regulatórios que despertem interesse por este tipo de pesquisa:
“Com incentivos e demais medidas de inovação, teremos abertura para mais pesquisas capazes de acelerar a transição energética para uma sociedade que permita uma economia de baixo carbono” completa.
Foto: Divulgação Refinaria Riograndense/Agência Petrobras