O prejuízo causado pelo descarte irregular de óleo vegetal em Curitiba em 2023 foi de R$ 2,35 milhões. Esse valor foi utilizado para desobstruir tubulações nos esgotos da capital paranaense, de acordo com dados da Sanepar. 51,26% dos estragos foram causados pelo óleo de cozinha jogado em ralos e pias, resultando em uma média mensal de 682 obras de intervenção.
Qual o impacto do descarte de óleo na rede de esgoto?
Segundo Vitor Dalcin, diretor da Ambiental Santos, esse gasto poderia ter sido evitado com a adoção de práticas de reciclagem de óleo usado em residências, condomínios e restaurantes:
“Não é apenas o óleo jogado nas pias, mas também a falta de manutenção das caixas de gordura nos imóveis. A principal função dessas caixas é reter o óleo e impedir que ele obstrua a rede de esgoto.”
A caixa de gordura é um item obrigatório nos imóveis de Curitiba, conforme a legislação municipal, e precisa ser limpa regularmente. Caso contrário, o óleo pode ultrapassar essa barreira e alcançar a rede de esgoto, causando danos ou até retornando para dentro do imóvel.
Como é a fiscalização e qual deve ser a conscientização?
A Sanepar realiza vistorias técnicas, especialmente em restaurantes, e a falta de caixa de gordura é uma das principais irregularidades encontradas. Quando essas infrações são detectadas, a empresa emite uma notificação para regularização, sob risco de multa:
“Essas diligências trouxeram resultados positivos. Em 2013, a média mensal de obras de desobstrução era de 1.730 casos. Dez anos depois, essa média caiu mais de 60%.” – Vitor Dalcin
Qual é a solução mais simples para prevenir estes problemas?
Em uma cidade como Curitiba, onde 98% dos imóveis estão conectados à rede coletora, é fácil adotar medidas preventivas:
“Limpar a caixa de gordura e separar o óleo de fritura para reciclagem podem reduzir ainda mais os casos de tubulações entupidas. Depende muito mais da conscientização de quem utiliza o óleo vegetal.” – Vitor Dalcin.