O preço do óleo de soja pode trazer um grande problema ambiental e de saúde

Disparou de vez! O preço médio do óleo de soja em supermercados e mercadinhos de bairro saltaram de média de R$ 4 para a casa dos R$7,50 e, em pouco tempo, vai bater a casa dos R$8.

As explicações são muitas, como a da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) que responsabiliza o inesperado aquecimento da demanda doméstica por este desequilíbrio entre a oferta e a demanda nacional “causando redução no abastecimento”.

Já especialistas de mercado apontam que a alta galopante do dólar fez com que produtores vendessem mais para fora do Brasil – e em especial para a China, que utiliza grande parte da produção de soja brasileira para ração de seus suínos, por exemplo.

Seja como for, o preço do óleo pode ser o catalisador de alguns problemas sérios…

Em Restaurantes
O restaurante ou bar que precisa comprar óleos em  grandes quantidades, como embalagens de 18 kg que está na casa dos R$ 126, já começam a colocar a conta no papel de maneira preocupante. Dois galões, que é a média de compra em um mês, sai por R$ 250 em média. Este dono de restaurante vai ter que fritar muita coisa, no mínimo o dobro, para ser competitivo.

Vitor Dalcin, Diretor Executivo da Ambiental Santos, explica que com exceção de grandes redes de fast food, os restaurantes comuns não possuem o modelo de fritadeira que avisa sobre a troca de óleo, que deve ser a cada 16 horas: “Tem restaurante que vai usar o óleo ao máximo, ultrapassando o limite tolerado. Literalmente, teremos restaurantes que, para economizar, vão usar o óleo até virar uma borracha, praticamente. Lembrando que o ideal, para quem não tem fritadeiras com controle de tempo, é trocar quando o óleo começar a ficar com uma cor mais escura”.

Carrinheiros
O consumidor doméstico, que não recicla óleo corretamente, coloca o material em garrafas com outros recicláveis, como alumínio, papelão e plástico. O coletor de recicláveis acaba pegando esse óleo e pode acabar usando ou revendendo o material – principalmente quando o óleo usado esteve fritando peixes, que não deixa uma cor tão forte. Com o preço do óleo lá no alto, esta prática acaba se tornando comum.

“Uma vez fizeram o teste em uma empresa daqui, de Curitiba. Colocaram rastreamento na frota que coletava lixo industrial em supermercados e não avisaram os motoristas. Em uma destas rotas, de uma grande rede de supermercados, o caminhão compactador pegava presunto, queijo e até mesmo óleo vencido e não compactava. O rastreador mostrava que o veículo não acionava esta função.  O motorista seguia até um mercadinho de bairro e revendia o que estava dentro por um valor muito abaixo do mercado. Estamos falando de um caminhão de lixo, que não é lavado constantemente”.

Para evitar esta situação, nunca coloque óleo de soja usado com outros materiais recicláveis.  

Óleo mais caro no mercado pode ser uma oportunidade para estes golpes! Recicle corretamente o óleo vegetal com a Ambiental Santos e colabore com a saúde de todos, com o meio ambiente e, principalmente com a sua saúde. 

 

 

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