De acordo com a ONG Ecóleo, um brasileiro consome em torno de 15 litros de óleo de cozinha por ano. Some esta quantidade com a já enorme quantidade de óleo que é utilizado em restaurantes e bares. A grande preocupação é que apenas 10% desse óleo são destinados corretamente para a reciclagem.
De acordo com Vitor Dalcin, diretor executivo da Ambiental Santos, a população precisa urgentemente ter consciência da importância da destinação correta por diversos motivos:
“Com a reciclagem do óleo vegetal usado, conseguimos diminuir os estragos causados na natureza, evitando a contaminação da água que está em falta pela estiagem que muitas regiões enfrentam. O óleo contamina a água de tal maneira que basta um único litro de óleo de cozinha jogado no ralo da cozinha para poluir até 10.000 litros de água” conta Vitor.
Mas não é apenas o óleo vegetal que contamina a água. A Ambiental Santos listou outros “vilões” que não podem ser descartados no lixo comum e que impactam diretamente a água.
Resultados de raio-x
Os exames de raio-x são extremamente contaminantes, por isso nem é bom deixar em casa. É comum encontrarmos exames guardados por algum tempo antes de serem descartados e jogar esses resíduos no lixo comum é péssimo para a natureza. O problema é que as chapas possuem substâncias tóxicas que podem contaminar o solo e água. esses resultados de raio-x demoram mais de 100 anos para se decompor. É possível usar a escama do metal do raio-x para a fabricação de joias e talheres enquanto o plástico pode ser utilizado em embalagens, capas de caderno e fichários.
O que fazer?
Uma solução é levar estas chapas de raio-x até um hospital ou posto de saúde para descarte. Postos de venda de celulares, supermercados e assistências técnicas também funcionam como pontos de coleta. A chapa deve estar dentro de um envelope devidamente marcado. Vale para radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas. Outra opção é utilizar o site e-Cycle. Basta colocar o seu CEP, escolher “chapas de Raio-X” e localizar um ponto de coleta mais próximo.
Medicamentos vencidos
Outro perigo para os lençóis freáticos que não devem ser jogados na privada e nem no lixo comum, pois as substâncias químicas dos remédios podem (e vão) contaminar a água e o solo.
O que fazer?
Levar os medicamentos devidamente embalados, bem protegidos, até uma farmácia, é a melhor solução. O correto é devolvê-los às farmácias.
Lâmpadas fluorescentes
Um perigo sob qualquer ângulo que se analise. Além do corte causado quando quebradas, as lâmpadas fluorescentes contêm pequenas quantidades de mercúrio, substância que é altamente tóxica. Como vivemos em um país que consome quase 100 milhões de lâmpadas fluorescentes por ano e que 94% delas são descartadas em aterros sanitários sem nenhum tipo de tratamento, dá para imaginar o perigo não só para o meio-ambiente, mas para quem precisa lidar com reciclagem.
O que fazer?
A primeira coisa é embalar com papelão ou jornais e deixar tudo bem lacrado, de preferência de forma intacta. Leve esta embalagem até um ponto de descarte, que pode ser loja de material de construção, ou então buscar no e-Cycle para saber quem recebe perto da sua casa. Basta digitar “Lâmpada Fluorescentes” e o seu CEP para descobrir quem recebe essas lâmpadas.