Nove marcas de azeite de oliva foram pegas usando óleo de soja usado

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) proibiu no final do ano passado a comercialização de nove marcas de azeite de oliva que estavam adulteradas. O motivo: havia óleo de soja na composição do produto.

Os produtos que foram investigados como fraudados eram falsamente declarados como azeite de oliva extra virgem e eram comercializados com nomes falsos – a saber Casalberto, Conde de Torres, Donana (Premium), Flor de Espanha, La Valenciana, Porto Valência, Serra das Oliveiras, Serra de Montejunto e Torezani (Premium). Os produtos estavam com óleo de soja incorporado nestas fraudes descobertas pela Polícia Civil a partir de investigações no Espírito Santo:

“Esse problema segue acontecendo pela insistência por parte de muita gente em se desfazer do óleo de soja usado com qualquer empresa não certificada. Neste caso, os investigados criavam supostas marcas importadas para vender em supermercados em todo o Brasil mercado nacional” Vitor Dalcin, diretor executivo da Ambiental Santos.

Crime gravíssimo
Vale lembrar que a adulteração e a falsificação de azeite de oliva é crime contra a saúde pública, pois o óleo de soja que é misturado no azeite de oliva é sempre material usado e filtrado. Importante ressaltar que o azeite de oliva é o único produto no setor de óleos e gorduras com seu próprio acordo internacional de comércio através do Conselho Oleícola Internacional (COI), que é a organização intergovernamental responsável pela administração do acordo. A norma estabelece teores mínimos de pureza do produto e critérios de qualidade para cada categoria de azeite de oliva, o que claramente não foi respeitado nestas marcas:

“É uma situação realmente grave. Quem vende seu óleo usado para empresas sem escrúpulos, que só visam o lucro e o mal estar das pessoas, também é cúmplice desta prática. A destinação do óleo vegetal precisa ser feita com responsabilidade, Pense que o óleo usado, por si só, já é prejudicial à saúde. Esse óleo é armazenado em embalagens que nem são higienizadas e estão, na maioria das vezes, com restos de produtos químicos. É esse tipo de material que acaba vendido por essas empresas de azeite de oliva pirata” explica Dalcin.

 

 

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